Pensamento do Blog

Comigo a natureza enlouqueceu; sou todo emoção" Adaptado de Maiakoviski

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

História de Coronel Fabriciano - Minas Gerais

https://drive.google.com/file/d/1WLD6kGB3gMqB6oyUBndDFcdD-a5tPWbi/view?usp=drivesdk 

Pelo link acima você tem acesso ao conteúdo integral deste livro.


Introdução

Esta é uma História de Coronel Fabriciano, pois todas as cidades possuem várias histórias, pois seus habitantes fazem esta história se tornar cada vez mais variada e interessante de se ver, viver e rever.




Fabriciano e sua História






domingo, 4 de setembro de 2022

Resenha do Livro As Pererecas e as Velhinhas e Outros Causos - Crônicas de Nena de Castro

 

Livro As Pererecas e as Velhinhas e Outros Causos

Nena de Castro


Ler livro de amigo(a) é coisa primeira... Deixamos Dom Quixote viajar em suas imaginações, e entramos com tudo na leitura. E por falar em Dom Quixote, depois de ter lido o livro que adorei, ainda tive o prazer de assistir a peça no Shopping do Vale com a amiga escritora, Nena de Castro. Jamais vou me esquecer os momentos que convivemos no trabalho como professores/educadores da rede municipal de ensino de Ipatinga. A cidade de Ipatinga é seu lar em todos os sentidos, apesar de ter nascido em Governador Valadares. Suas crônicas e causos sempre possuem ingredientes e personagens do Pouso de Água Limpa e de Minas Gerais. "É mineira da gema", afirma. Não esquece os bairros de Ipatinga, sua zona rural como o Ipaneminha e seu tradicional Congado, a política e suas artimanhas, os(as) professores(as) e seus sofrimentos, como a dívida de governos passados com a classe dos aposentados - os já famosos atrasados.

O novo livro de Nena de Castro é cativante, mesmo sendo sua primeira inserção em literatura para adultos, fora suas contribuições nos jornais da região. Sua literatura infantojuvenil é premiadíssima. Mas este livro parte de sua obra em crônicas nos jornais em que trabalhou com sucesso, fator que lhe dá mais que credibilidade para escrever a presente obra. É cronista e poeta por natureza, professora por vocação, e advogada não sei. Mas sei que como professora de Português na mesma escola em que trabalhamos, e na Biblioteca Pública de Ipatinga, sempre me admirou seu trabalho criativo e dinâmico, e sempre voltado para o processo ensino-aprendizagem utilizando a arte como instrumento essencial em sua prática, especialmente as produções literárias e teatrais.

É natural a utilização de um vocabulário rural, tipo Guimarães Rosa... acho até que tem dificuldades em ficar livre dele, pois mesmo quando uma crônica é mais dentro do Português Formal, ela arranja um jeito de colocar o Rosa dentro, mesmo que em pequenas citações ou diálogos. Não deixa de educar, e numa educação ampla, quando faz algumas críticas na área histórica e política, citando causos de períodos históricos conhecidos como o Regime Militar (1964-1985), e até sua participação nos eventos. Faz duras críticas à corrupção na classe política, e cita fatos da política recente no país, que nos deixou sem muitas esperanças nas mudanças pelas quais sonhamos e lutamos. Até pela Mitologia greco-romana ela viaja em suas aventuras imaginárias de mitos, deuses, deusas... e Brad Pitt.

Nena tem uma capacidade enorme de resolver mistérios como na crônica O Fim do Mundo. Fiquei intrigado com a solução que apresentou para explicar a chuva de sangue... li depressa pra saber como estava chovendo sangue. E aí ela entra numa questão social que é a dos matadouros clandestinos. Achei que foi muito criativa e de presença de espírito incomum. E sobre o Dia da Mentira, achei que o mentiroso ia parar de mentir no final, mas era muito previsível mesmo. E faz uma relação com a chamada "Revolução Militar" em 31/03/1º de abril. A Horta não tinha outra solução - abandonar o projeto. Lembrei de um fato ocorrido comigo: não tinha carro e chequei em casa de táxi, aí um vizinho falou comigo: "E o nosso?". Em A Bugra Vê a História faz uma viagem entre os árabes e seus mistérios, as grandes navegações, A Primeira Guerra Mundial, e até a crise do petróleo de 1973. No mesmo texto faz questionamentos sobre o terrorismo no mundo, envolvendo o Oriente Médio e o Mundo Ocidental. E em outras crônicas não deixa a política e as questões sociais de lado, mas mantém sempre o otimismo de uma vida melhor e um mundo mais justo, mesmo diante do caos, que muitas vezes vivemos ao longo da história.

Cria, a autora, personagens fictícios que permeiam quase todas as crônicas... até na praia de Prado, na Bahia. Por coincidência moramos perto de Prado no extremo sul da Bahia, há cinco anos. Os bem-te-vis de Prado devem ser os mesmos que tomam conta de Nova Viçosa, ou parentes, pois aqui são os donos da passarada. Inclusive tem até bem-te-vi mineiro, e não é à toa, pois Nova Viçosa é chamada de Praia dos Mineiros; chamo assim porque canta faltando uma sílaba, como o nosso sotaque ao "comer" parte das palavras nas longas conversas mineiras. O bem-te-vi canta assim: te-vi. E eu respondo: eu também.

Nena fala da Biblioteca  Zumbi dos Palmares, e de seu cuidado com o acervo historiográfico da cidade de Ipatinga, local onde passamos bons momentos de trabalho e cultura. De Dona Lilá, que também conheci na Superintendência de Ensino em reuniões, depois no "fechamento" da Escola Presidente Vargas e Padre Cícero, em 1985, e em Nova Viçosa, pois passa os finais de ano na Pousada Kambucá de nossa amiga professora aposentada, Cacau. Sempre alegre e bem disposta apesar da idade avançada. A família dela possui uma casa na Praia do Lugar Comum, aqui em Nova Viçosa, perto de nossa casa. Outra pessoa de minhas relações que está nas crônicas, é o historiador José Augusto, profundo pesquisador da história de Ipatinga. Nena consegue reunir pessoas conhecidas aos seus relatos de causos, crônicas e poesias, mantendo a identidade de cada um nos fatos narrados. José Augusto é a melhor fonte para a pesquisa sobre a história de Ipatinga, inclusive de seu folclore, como relata a autora.

O seu cotidiano é presença marcante em suas crônicas, incluindo nele pessoas conhecidas, desconhecidas e fictícias. Sua alegria numa simples manhã de fim de semana. Uma caminhada pelas ruas da cidade, e principalmente de seu bairro, mas não nega sua pouca disposição e regularidade para estas atividades. Conta seus passeios na praia, nas proximidades de Ipatinga, enfim seu dia a dia é objeto de suas escritas, daí a crônica, sem deixar a poesia ausente, pois é conduzida com leveza pela poesia e sensibilidade em seus relatos.

Seu vocabulário rural é uma raridade, quase precisando de um dicionário do gênero. Não sabia que a autora ficou tão "colada" nesse ambiente, mesmo morando por tantos anos na metrópole do Vale do Aço. Quando fala que o poeta conversava com as estrelas, eu também converso com as plantas, afinal, hoje, no tempo das redes sociais, e da exacerbação do individualismo na sociedade, conversar com pessoas ficou quase impossível. Vivemos um fanatismo ideológico pior que na Idade Média. As receitas naturais caseiras são de tirar qualquer médico do Hospital Márcio Cunha do sério... Quase tive dó dos políticos. "E nada mais digo.".

A autora escreve de forma leve e agradável, escolhendo temas interessantes e e curiosos com uma pitada de humor, afinal é ótima cozinheira no fogão e na literatura, portanto é um excelente livro para se adquirir o hábito de leitura, e para o sexto leitor como eu. A bênção de seu pai deixando como herança sua capacidade e tenacidade para a escrita e leitura ajudou a manter sempre viva nossa arte literária a serviço de nosso povo... maldição? Nunca! É dom de Deus! 

Não deixe de ler este livro para te tirar da solidão! Ele é uma multidão e de uma autora múltipla. Foi um prazer e uma alegria fazer essa simples resenha de minha amiga histórica, Nena de Castro. HU HU HU! É assim?




Nena de Castro - artista e militante


sexta-feira, 1 de abril de 2022

Visita do Túlio e família a nossa casa - 29 a 31 de março e 1º de abril de 2022

Foi uma visita muito esperada, pois o Túlio está morando em Portugal, ou seja, em outro país, portanto o transporte para o Brasil é bem complicado, além de contar com dois filhos(as) pequenos(as) na viagem. Vieram os dois filhos(as): Lucas e Sophia, a mãe, Carina e sua irmã, Regiana. Aqui no Brasil percorreu longas distâncias para visitar os parentes e amigos(as). Chegou ao Rio de Janeiro, e foi imediatamente para São João da Barra, no mesmo Estado, onde mora sua mãe e a irmã, Tauane. Depois veio para Nova Viçosa. Após uma visita breve, mas muito intensa, pois tivemos atividades em todos os dias, como ir à praia, aos restaurantes e visitar pontos turísticos da cidade, além das animadas conversas em casa; partiu para Ipatinga e Coronel Fabriciano para encontrar com seus dois irmãos, Daniel e Bárbara, amigos e amigas, na região, e seus avós paternos. Depois voltou para o Rio de Janeiro, de onde tomou o caminho do Estado do Paraná para visitar e conhecer a família da esposa. Depois desta maratona de carro e avião, voltou para Portugal com a família. Vivemos momentos alegres e felizes. Trocamos presentes como é costume em nossa pequena família. Ganhei um ótimo livro sobre a História de Portugal. Conheci o netinho Lucas e a netinha Sophia, e pude sentir a emoção de ser avô de verdade... nossa, estou ficando velho! 


Filhos - pedacinhos de nós...

Que nos unem e amamos. Antigamente achávamos que nossos filhos(as) tinham muito mais dos pais do que a ciência hoje constata. Era comum a expressão: "Árvore ruim não dá fruto bom.". Ou seja, se o pai ou a mãe fossem maus exemplos, os filhos seriam sempre maus também. Mas vimos ao longo de nossa vida tantos exemplos de bons filhos, de pais complicados, e o inverso também. Isto terminava por colocar em dúvida a máxima acima. Hoje está comprovado que os filhos são pedacinhos de nós, e têm muito mais deles próprios do que de seus pais. Inclusive tem um provérbio árabe que diz que "Os homens se parecem mais com sua época do que com seus pais.".

Este conhecimento nos dá uma certa tranquilidade, aliás necessária para criar os filhos, ou seja, não somos tão culpados na formação de sua personalidade, pois ela já nasce quase pronta, e é própria deles mesmos. Sofrem influências da sociedade, da família e do DNA dos pais, mas em doses pequenas. A maior parte pertence a eles. Descoberta científica que pode ser relacionada com a fábula, muito conhecida do público (e bastante utilizada pelo cinema), atribuída ao escritor grego Esopo (620-560 a.C.): "Depois de insistentes pedidos do escorpião para que o sapo atravessasse com ele nas costas até a outra margem do rio, tendo o escorpião jurado não picá-lo durante a travessia; já no meio do rio, o escorpião fala que não vai cumprir o prometido, e o sapo, apavorado, relembra ao escorpião sua promessa de não picá-lo, mas o escorpião afirma: é da minha natureza! E pica o sapo e os dois morrem no rio.". Não pode negar sua natureza, mesmo que tente fazer as coisas de outra forma, através de uma influência externa, como nós. 

O escritor Rubem Alves, afirma que "Filhos são como pássaros; nascem, crescem e voam.". Ou seja, passam a ter vida própria. Eu acho que filhos são como nós nas árvores; nascem, crescem, voam, mas permanecem conectados aos pais, mesmo que em pequena parte, como os nós das árvores. As árvores viram madeira para diversos fins; mas os nós estão lá, mesmo que não desenvolvam mais. Elas já velhas, às vezes, apodrecendo, mas os nós continuam lá, grudados na madeira, talvez esperando uma oportunidade para voltarem a brotar. As árvores se multiplicam, e os nós continuam unindo cada parte da planta nova, como os nossos netos, bisnetos. Estão sempre na história das plantas. Mesmo nas pequenas plantas, como as rosas. Em seu delicado caule, lá estão os nós; firmes unindo todo o fino tronco, gerando novos brotos e folhas, e no alto, suas flores exalam seu perfume delicado para todo o ambiente, como a presença dos filhos em nossa vida. Mesmo que tenhamos problemas com eles, mas a pequena parte de suas presenças continua lá; intacta para sempre!

 

 Abaixo algumas fotografias e um vídeo de nosso encontro familiar.

Presentes para as crianças (Boneca de pano feita pela Sueli) e carrinhos de madeira do artesanato de Nova Viçosa 
Álbum da família - Meu presente para a família reviver seus bons momentos

Brinquedo de praia (embrulho colorido à esquerda) - presente da Sueli

Presente do vovô para o Lucas





Aguardando a chegada da família




Sueli no pergolado

Hora da conversa regada a suco e comidinhas

Pai e filho curtindo a praia em pleno sol de outono - sol queimando a pele macia do Lucas

Passeio com o netinho na Praia do Lugar Comum



Peixe Laguna com batata frita na Cabana Axé Uai - Este peixe não tem espinhos
Livro História de Portugal - presente dado pelo Túlio

Vinho de Portugal - presente do Túlio para a Sueli


Comendo acarajé na Praça da Baleia - só baiano aguenta!

Sueli na Praça da Baleia


Almoço no Restaurante Caetano's

No Restaurante Quintal das Cores
Comida de mineiro - carne de sol e picanha com mandioca - Eita trem bão!


Flores do ora-pro-nóbis saudando nossas visitas - 1º de abril de 2022

Túlio no pergolado com flores do ora-pro-nóbis
Lucas anunciando a chegada





Na Cabana Axé Uai

Lucas admirando os cavalos




































Daniel e Sophia no Shopping do Vale - pra quem ainda tem cabelos












Bárbara e Sophia no Shopping do Vale
Visita à casa da bisavó Angelina - 02.03.22


Visita aos avós maternos no Estado do Paraná - 08.03.22

Vídeo na Praia do Lugar Comum